sexta-feira, 2 de abril de 2010

AGORAFOBIA - O MEDO DO MEDO

Acessos de pânico, comportamentos compulsivos e fobias são algumas expressões da ansiedade, um transtorno que pode ser curado.

Um dos transtornos de ansiedade mais comuns é o medo dos lugares onde, aparentemente, não é possível receber ajuda, com receio de sofrer uma crise paciente limita, cada vez mais, sua mobilidade a locais que considera "seguro".
A crise é caracterizada por ansiedade intensa, aumento de frequência cardíaca e da pressão sanguínea, respiração agitada, sudorese, sensação de sufocação, falta de ar, náuseas, tremores e despersonalização.
Por medo de ser tomada por esses sintomas, a pessoa tende a evitar situações que acredita serem mais prováveis ocorrer ou só as enfrenta acompanhada. Os temores costumam estar relacionados a experiências que se tentar eliminar ou reduzir ao máximo para evitar angústia.
A pessoa que sofre do transtorno costuma fazer a interpretação catastrófica sobre suas sensações corporais durante a situação.
O acompanhamento psicológico apoia-se em técnicas de controle físico (relaxamento e respiração profunda) e em métodos cognitivos (controle dos pensamentos catastróficos com base em argumentos racionais, análise verbal e busca de alternativas) até o paciente estar preparado para a parte em geral, mais difícil do tratamento : a exposição ao estímulo que causa o desconforto.
A pessoa deve enfrentar gradualmente as situações temidas. Com a exposição busca-se descondicionar os estímulos associados à resposta de ansiedade. Cada vez que é evitada a situação temida o desconforto é reduzido, mas o problema se mantém. è necessário, portanto, provocar o fenômeno oposto, conseguir extinguir a ansiedade sem recorrer à evitação. O indivíduo precisa enfrentar a situação apesar da ansiedade, comprovando que não acontece aquilo que ele teme e que, em caso de ocorrer, não é catastrófico e insuportável quanto acreditava.
Após a exposição deve ser feito um "balanço" do sucesso e uma manutenção para evitar recaídas. É o momento para que a pessoa em tratamento avalie sua evolução e reforce o trabalho realizado.
Pode ser usado algumas técnicas como o "ensaio escrito" no qual a pessoa resume o que é o pânico-agorafobia, como é mantido, o que o transtorno signica em sua vida, como começaram os sintomas, de que maneira conseguiu controlá-los, etc. Recomenda-se que o texto seja lido diariamente. Pode ser também elaborada uma lista de possíveis situações problemáticas futuras. o paciente escreve sobre as sensações que acredita que aparecerão como se sentirá em cada situação . Com a antecipação, as manifestações se tornam passíveis de controle e menos assustadoras. Nessa etapa do tratamento é fundamental desenvolver (ou retomar) atividades prazerosas que foram evitadas em razão do transtorno.

E seguir em frente...

fonte: revista mente cérebro - nº 204 - p 44.

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